segunda-feira, 28 de maio de 2012

Marcha das Vadias em São Paulo, 26 de maio. Da Paulista, descendo pela Augusta e chegando até a Republica. De arrepiar até a alma.

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UjpyB0nUR10

Meu nome é Maria da Penha, fui espancada, eletrocutada pelo meu marido. Fiquei paraplégica. Se não querer mais apanhar é motivo para ser chamada de Vadia, então somos todas Maria da Penha.


Se o corpo é da mulher, se o corpo é da mulher, ela dá pra quem quiser, ela dá pra quem quiser...

Se cuida, se cuida, se cuida seu machista, a America latina vai ser toda feminista

Vem pra rua vem, contra o machismo vem

Que contradição, aborto é crime, homofobia não.





A heterossexualidade é a única forma de amor!
A regra é clara. Nascer, estudar, trabalhar, casar, ter filhos. Assim é como nossos pais nos ensinaram, foi assim que também aprenderam.
O judaísmo tem o sêmen como algo sagrado, simbolizando a vida. O cristianismo tem origens judaicas e, portanto, coloca a procriação como algo sagrado.
Religião, cultura, tradição cria-se. A nós cabe nos adaptarmos. E quem não segue o padrão da sociedade está sujeito a ser promiscuo.
Não! Promiscuidade é nos imporem afirmações de que a heterossexualidade é a única fórmula viável de relação. É nos condicionarem a doutrinas, preceitos biológicos e físicos de que os opostos devem se atrair. É propagar a idéia de que amor entre iguais é desqualificado, impuro, impróprio a norma estabelecida. É emitir ser monstruoso travestir-se e reconhecer-se enquanto oposto. É agir com violência pelo medo do diferente. É divulgar ser imundo, anormal um relacionamento poligâmico.
Mas o que é normal? Há realmente algum relacionamento anormal? Quem dita as regras?
Relações heterossexuais, homossexuais, bissexuais, poligâmicas são possíveis, intrínsecas.
Agressivo é encorajar a envergonhar-se de sua essência. Indecente é estimular a naturalização de padrões.
Romper com as heranças patriarcais de convicções, mais que apropriado, é necessário!

Mayara Alves e Tatiane Rodrigues 





quinta-feira, 17 de maio de 2012

Contra Homofobia.




Causa-me enjoo 
e encharca meus olhos de tristeza
Tamanho convencionalismo.
Hostilidade, discriminação, violência ,intolerância...
Definições incabíveis a vivencia de um ser humano.
Ao tratar-se de quem recebe tal comportamento obrigatoriamente
E não aos que os dispõem, esses não são atingidos, não diretamente.
Mas tai, já não sei se podemos trata-los como humanos,
Como seres pensantes, agradáveis, aceitáveis... 

Seres que evoluem.
Alias, há tempos me pego pensando que os rótulos muitas vezes desconhecidos de suas origens nos afastam ainda mais dessa descoberta do que realmente é ser humano.
Escuto muitas pessoas falando de amores familiares e amigáveis e elevando estes sentimentos,

não exatamente pela origem destes e sim pelo rótulo ao qual o ser foi concedido desde seu conhecimento.
Amam-se mães, por serem mães e como um dever ao rótulo respeitam-nas?
Amam-se filhos,por serem filhos e como obrigação os amam?
Amam-se irmãos,por serem irmãos, por possuírem o mesmo sangue?
Pergunto-me o porquê não amarmos e tratarmos os seres como mães e filhos?

Ou melhor...
Por que não nos tratarmos como seres humanos antes tudo?

Antes Rótulos, antes ligações afetivas, antes julgamentos e quereres individualistas?
Homo afetivos, mulheres, homens, mães, filhos, heteroafetivos, assexuados, negros, enfim...
Pessoas, são pessoas e independente de escolhas e vivencias, continuarão sendo seres humanos. Seres em busca de sonhos, desejos, realizações,seres em busca de preencher o que se tem de mais inexplicável, 

que é a vida.
Entende?!

Maria Isabel Oliveira