segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

 "Não" é não.



Se sua namorada não quer transar é "não".
 
Ela não está flertando, não vem lançando charme, não é joguinho de sedução, não demonstra resistência para excitá-lo.
 
"Não" é não.
 
"Não" não é talvez, não é "estou em dúvida", não é "vem que eu quero na marra".
 
"Não" é absolutamente não. É soberanamente não.
 
Se sua mulher não deseja, acabou. Vai dormir. Vai tomar um banho. Vai assistir a novela. Vai esperar o dia seguinte.
 
"Não" não é um sim disfarçado, um sim camuflado, um sim procurando insistência. É "não" e ponto final.
 
Se ela reclama de dor de cabeça, de indisposição, se ela não se interessa naquela hora é não. Não importa a desculpa: "não" é não.
 
Não venha com a fantasia da imposição, do convencimento.
 
Macho é o que aceita o "não", jamais o que insiste pela força.
 
Aquele que impõe sua vontade é um covarde, tem que pagar pelo estupro, sendo namorado ou marido. Nenhum namoro ou certidão de casamento serve de atenuante e alivia o crime. 
 
"Não" é não, meu amigo.
 
Temos que parar de pôr a culpa no vestido curto, nos decotes, na bebida.
 
Não é que ela deu mole, não é que ela facilitou, não é que ela ficou provocando.
 
"Não" é não. Aceite. Não venha com a conversa de que lê pensamento, de que ela diz algo e pensa em outra coisa.
 
“Não” é não.
 
Ela poderia estar a fim antes e mudou de ideia. Obedeça: "não" é não.
 
"Não" é respeitar o desejo dela, o temperamento dela, a escolha dela. Ninguém tem obrigação de fazer sexo só porque está junto. Ninguém precisa aceitar tudo só porque ama.
 
Não é não.

Fabricio Carpinejar.

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